Reforçar o Partido<br>por Abril e pelo Socialismo
Cerca de 200 camaradas e amigos, entre os quais 129 delegados, participaram, dia quatro de Dezembro, na 11.ª Assembleia da Organização Concelhia de Setúbal do PCP. A reunião magna dos comunistas setubalenses, realizada na Associação Humanitária dos
Bombeiros Voluntários de Setúbal, procedeu ao balanço do trabalho realizado e perspectivou o trabalho futuro.
No final, os delegados aprovaram por unanimidade o Projecto de Resolução Política e elegeram a nova comissão concelhia, organismo de direcção composto por 50 camaradas, dos quais 18 assumem a partir de agora acrescidas responsabilidades na concretização das tarefas partidárias.
Organizar para intervir
O balanço dos últimos 4 anos e a consolidação das linhas de orientação que vão conduzir a vida do PCP no concelho tiveram como principal objectivo o reforço orgânico do colectivo e da sua intervenção.
Contando já com uma actividade ímpar voltada para o crescimento da influência social, política e eleitoral do PCP no concelho, particularmente entre a classe operária e os trabalhadores – de que são exemplos a criação do organismo de empresas; o recrutamento de 91 novos camaradas; a realização de centenas de iniciativas, acções de propaganda e de esclarecimento; a mobilização para a luta de massas quer ao nível nacional quer ao nível local (casos das lutas contra a co-incineração de resíduos industriais perigosos no Parque Natural da Arrábida, contra o encerramento do SADU, contra o encerramento das urgências pediátricas no Hospital de S. Bernardo no período nocturno durante o Verão, em defesa da linha do Sado); ou concretização do projecto autárquico da CDU – a organização de Setúbal não se dá, no entanto, por satisfeita.
Nesse sentido, foram adoptadas medidas concretas que permitam superar as deficiências e dificuldades registadas, a começar pelo recrutamento, «tarefa prioritária e regular» que, tendo como principal alvo «os operários, as mulheres e os jovens», para além de carecer de «uma maior e mais permanente discussão nas organizações do Partido», deve ser alvo de um «regular controlo de execução dos resultados», assume-se na Resolução Política aprovada.
De central importância são igualmente a atenção a dar ao estilo de trabalho e à regularidade no funcionamento das organizações, quer as de freguesia quer as células de empresa e sector, medida que deve ser implementada a par com a correcta distribuição de tarefas e a sua avaliação periódica; a realização de plenários nas organizações; a discussão da situação política, e o estabelecimento, a curto prazo, de ligações com empresas prioritárias.
No plano dos fundos, a AOC de Setúbal decidiu também «regularizar o funcionamento da Comissão de Fundos», estimular a discussão contínua desta tarefa nas organizações, e «aumentar para o dobro o número de camaradas que cobram quotas» tendo como meta alcançar um índice de 75 por cento de militantes com a quota em dia.
A formação ideológica e a difusão da imprensa partidária também não foi esquecida, tendo-se inscrito na Resolução Política o compromisso de estimular a participação em cursos na Escola do Partido, a realização de debates que permitam elevar a formação ideológica dos membros do PCP e aumentar a venda e leitura do Avante! e de O Militante.